A MORTE É UM DOS GRANDES TABUS DO IMAGINÁRIO OCIDENTAL.FATO QUE POR SI SÓ JUSTIFICA O ESFORÇO DESTE BLOG DE EXPLORAR SUAS REPRESENTAÇÕES COLETIVAS ECODIFICAÇÕES PESSOAIS...
Faz alguns anos Que estive vivo, Que me senti infinito No sentimento alegre Das coisas. Faz muito tempo Que existi Entre as pessoas, Que construí alegrias E lembranças. Faz muito tempo Que me perdi Da existência dos outros...
Calado e sem perspectivas Ele seguia sereno Em direção ao nada Na prisão daquele leito. Não construía falsas esperanças, Não aguardava a visita De qualquer amigo.
Apenas abraçava sua dor Deitado em sua solidão Divorciando-se da existência.
O passado pesava tanto nos olhos Que nem percebia Que o futuro Fazia as malas No quarto ao lado E que o silêncio Adentrava a sala...
A melancolia daquela noite Doía nos ossos. Sabia que estava agora Diante de meu mais intimo FIM... As horas jamais pareceram Tão escuras. Mas nada havia a fazer A não ser esperar E esperar Pelo ultimo suspiro Da minha agonia....
A morte é coisa indeterminada. Afinal, Pode-se dizer que a melancolia, O silêncio, A saudade E todas as variações abstratas da dor São em si uma espécie de morte. As vezes vivemos tão alheios A vida Que habitamos qualquer virtual Modalidade de morrer. Sim, há mais mortes possíveis Do que aquela que nos desfaz Da realidade...