terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

MORTE, VIDA E EGOISMO

Tudo que sei é que o mundo anda virando um hospício porque a maioria das pessoas pensa que seu próprio umbigo é o principio da realidade. Elas acham que  valem alguma coisa, que seus egos são o centro do universo quando não passam , simplesmente, de finitude e silencio... Mas as pessoas posuem uma necessidade doentia de acreditar nelas mesmas.

Existem sem viver ignorando a certeza da própria morte.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

SENTIMENTO DE FINITUDE

De tanto querer viver de verdade, aos poucos, ele foi deixando de existir, esquecendo rotinas e se abandonando, se deixando ali a mercê do simples passar do tempo, ciente de que nada vale a pena,  que tudo é perene e descartável, principalmente a vida e toda aquela gente que passa por ela.


As vezes é insuportável conviver com o fato de que tudo passa. Que tudo acaba e que aos poucos vamos nos desfazendo nas coisas. Mas nada há além disso.

UM POUCO DE CAOS

É fato que a vida não irá parar.
O tempo vai continuar passando.
Uma hora você morre.
Mas isso não é nenhuma porra
De solução.

É melhor abrir uma garrafa de uísque
E aprender a suportar...

Mas um dia você morre mesmo.
E não será visitado pela Dona Morte
De PULB do velho Bukowski.

A VERDADE SOBRE O SOFRIMENTO

A dor é um ato gramatical.
Já o sofrimento não cabe em palavras,
É indizível e nos isola,
no essencial desencontro
Entre o eu e a realidade.
Ele é aquele ponto irracional

Onde toda verdade se quebra.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

AMANTE SOMBRIA

Quase tudo na minha vida
Se  perdeu no tempo
E muito pouco
É o que agora me resta.

Já era o futuro.
O passado já me soterra.

Não vivi amores,
Não inventei sucessos
E não deixarei legados.

Durante toda a minha vida
Existi apenas para minha morte.


SOBRE A IMPESSOALIDADE DA VIDA

A morte é o que torna a vida possível... Constatar o fato me deixa perplexo.

Afinal, a vida parece ser um apêndice da morte  quando pensamos em nossa finitude.

Ou, talvez, a vida simplesmente não seja possível no singular.

Vivemos da ilusão de que somos nós mesmos, que possuímos uma consciência capaz de dizer e saber a realidade objetiva quando somos determinados pela impessoalidade.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

DOR E COTIDIANO

Não gosto deste gosto amargo
De felizes passados,
Não gosto deste sentimento
De estar perdido
Dos bons momentos que tive,
Não gosto desta dor branda
Que me decora os dias.
Simplesmente não gosto.

Mas ela existe....

domingo, 1 de fevereiro de 2015

GOSTO DE MORTE

Provo um pouco de morte
Todos os dias.

Em meus desesperos mansos,
Em minhas vontades feridas,
E vaidades ofendida,
Provo um pouco da morte
todos os dias...
Provo um pouco do meu fim

O  tempo todo.