sábado, 6 de setembro de 2025
MORTE E GEOGRAFIA
Passamos a considerar uma profunda melancolia em toda geografia quando percebemos que os lugares morrem. Mas eles morrem de um modo onde é a presença que remete a ausência. O tempo mata todos os lugares e, entretanto, eles continuam ali, imponentes, contra seu próprio passado e na contramão da história.
quinta-feira, 4 de setembro de 2025
DA INCONSISTÊNCIA DE SER
Sou o passado que morrerá comigo,
as pessoas que perdi,
os momentos que esqueci,
e a ilusão de um encadeamento linear dos fatos
onde tudo é aleatória descontinuidade.
Sou onde tudo foge,
onde a vida escapa,
onde perto é longe.
Carrego muitas lembranças
que jamais se tornarão memórias
na desconstrução da História.
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