Tão paradoxal é o acontecer da vida!
Quanto mais próximos nos tornamos de qualquer coisa, mais nos distanciamos dela através de sua simples e perene realização.
Escrevo-me provisoriamente nos dias avançando contra o tempo que cada vez mais me separa das coisas na exata medida em que elas se tornam parte de mim.
Sou parte de todos os atos, situações e acontecimentos que me desenham o horizonte imediato da existência. Jamais alcançarei, superarei este mínimo horizonte como precária meta. Pois morro um pouco em tudo que vivo, que se perde e transforma através de mim.
O fazer-se da existência é a negação da vida e vice versa através da ideia de finitude como uma premissa absoluta de tudo que é.
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