A morte é um ato social. O que ela tem de
pessoal é a simples dissolvição de si mesmo frente ao totalitarismo biológico
que pela existência nos foi imposto pelo absoluto de nossa condição de
mamíferos, de animais, que nesse triste universo são menos que amebas.
A morte, em sua selvageria irracional e
nulidade de significações, é a maior inimiga da sociedade, dos ritos fúnebres
que buscam calar sseu escárnio contra tudo aquilo que achamos que somos, que
acreditamos possível, até as raias do delírio, de uma vida após a morte.
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