quinta-feira, 16 de março de 2017

SOBRE COMO VIVEMOS I

Vivemos do banal, do corriqueiro. A maior parte de nossa existência transcorre em atividades pequenas e degradáveis que apenas conduzem a reprodução de rotinas. Isso não nos impede de buscar constantemente de construir estrategias e fantasias inspiradas a "algo mais profundo" ou "significativo". Musica, livros, uma profissão, cinema e até mesmo adesão a alguma ideologia exótica ou religião, ainda são formas contemporâneas de buscar  esta "metafisica do real", seja de modo secular ou sagrado.

Nunca estamos satisfeitos ou suficientemente adaptados as circunstancias de nossa própria vida. Somos incapazes de nos entender com sua natural superficialidade. Mesmo que nossas imaginações na fase adulta sejam mais sofisticadas do que a vivenciada na infância, carregamos aquela mesma ingenuidade diante do mundo que nos faz esperar algo mais que não existe e, teimosamente, buscamos isso. 

Precisamos de significados para os nossos atos. Mas não aceitamos que eles sejam bem menores do que as nossas expectativas.

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