A eutanásia é uma escolha que abrevia o sofrimento pessoal em casos
clínicos terminais onde a morte é o desdobramento inevitável de uma situação
limite. Mas vale esclarecer que a eutanásia é um procedimento diferente de um suicídio assistido, pois cabe ao enfermo
executar o ato com os meios que lhe foram postos a disposição. Trata-se,
portanto, de uma decisão pessoal e privada.
Mesmo assim socialmente ela é considerada um tabu e condenada pelo
código de ética medico em alguns países
ocidentais. Nossas culturas tendem a mitificar a vida e transforma-la em um
valor absoluto mesmo diante das condições mais desumanas e negando ao individuo
o direito de dispor de sua própria existência.
No ocidente ainda há muita resistência em compreender o morrer como um processo pessoal antes de configurar-se como um acontecimento social. Buscamos coletivamente domesticar a morte, afirmar a vida, sem levar em consideração a experiência de quem já perdeu qualquer vinculo com a vida por conta de um quadro clinico que lhe impôs condições degradantes de existência.
No ocidente ainda há muita resistência em compreender o morrer como um processo pessoal antes de configurar-se como um acontecimento social. Buscamos coletivamente domesticar a morte, afirmar a vida, sem levar em consideração a experiência de quem já perdeu qualquer vinculo com a vida por conta de um quadro clinico que lhe impôs condições degradantes de existência.
Afinal, até onde vale a pena viver? Cada um deve responder por si mesmo a
essa pergunta.
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