terça-feira, 16 de junho de 2020

MORTE EM TEMPOS DE PESTE

A morte que nos visita
Em tempo de peste
É quase invisivel.

É uma morte solitária,
Vazia de cotidiano.
Uma morte coletiva 
Sem tempo de luto.

É uma morte que não tem número,
Que ultrapassa estatísticas,
Que soma rostos borrados 
Em covas coletivas.

É uma morte onipresente, 
Circulante,
Imprevisível.

Em tempos de peste
A morte frequenta
Nossa própria sombra.

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