é um morrer diferente.
Não é natural
ou de acidente.
É um morrer coletivo,
anônimo,
destes que sabem os indigentes.
É um morrer precário,
um participar de catástrofe,
que anula o rosto.
É um morrer sem alma,
solitário no abraço
de um absurdo tosco,
coletivamente estabelecido,
por alguns concentido,
que nem mesmo cabe
na palavra tragédia.
É um morrer pela tristeza,
pela indiferença,
pela ignorância,
que nos contamina nas ruas
e nos anula na realização de uma impotência
para o qual a vida
nunca saberá a cura.
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