pra virar sonho, saudade.
É sucumbir de vez a indiferença
que nos define dentro e contra o mundo
como um breve limbo existencial.
É abandonar a ilusão da consciência
e a vida como equívoco da matéria.
É, simplesmente, não ser,
além de qualquer razão
ou transcendência.
Morrer é um silêncio
além do próprio silêncio,
é superar o eu, o outro,
e o verbo.
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