segunda-feira, 23 de outubro de 2023

MORTE, NADA E LIBERDADE

Grande parte de mim
é deriva, saudade,
quase naufrágio.

É luto,
dor, silêncio,
  memória e melancolia.

É tempo morto,
fora da história.
Segredo que levarei no peito
quando meu corpo sumir na terra
misturado ao pó dos meus mortos.

Sei que na paz do informe
e do eterno esquecimento,
livre de vez de tudo que me fez sofrer  a ilusão de ser humano,
há de me engolir o nada
que consome a eternidade
e quimeras de humanidade.


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