Não sou este rosto,
este corpo,
esta casa,
este emprego
e, muito menos,
as identidades e memórias
nas quais me reconheço.
Não sou uma biografia
que o tempo devora
e o mundo ignora.
Talvez eu seja,
na contramão da existência,
minha própria ausência.
Pois, minha presença,
definitivamente ,
não me representa
nem me sustenta
diante do absurdo,
do inverossímil,
de toda realidade possível.
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