A morte está condenada a ser para o indivíduo um profundo silêncio gramatical, uma questão que transcende a capacidade humana de representar e codificar sua experiência de mundo.
Quem fala de sua própria morte fala na verdade sobre sua própria existência, normalmente formula o discurso de sua angustia diante do não sentido da condição humana.
Mas por mais significativos que sejam seus enunciados, trata-se desde sempre de um discurso de vida.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
MORRER:EIS A QUESTÃO!
A morte é a única verdadeira questão,
O único problema
E ultimo emblema da razão.
A morte é tudo aquilo
Que a vida nos diz e faz
A cada segundo
Até o limite do possível de todas as coisas...
O único problema
E ultimo emblema da razão.
A morte é tudo aquilo
Que a vida nos diz e faz
A cada segundo
Até o limite do possível de todas as coisas...
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
FIM
Abracei silêncios
Naquela noite fria
De além mundo
Enquanto aguardava
Desesperadamente
O definitivo esquecimento
Das minhas inquietudes.
Queria alcançar descaminhos,
Chegar a todas as conclusões possíveis
E desaparecer serenamente entre as coisas.
Naquela noite fria
De além mundo
Enquanto aguardava
Desesperadamente
O definitivo esquecimento
Das minhas inquietudes.
Queria alcançar descaminhos,
Chegar a todas as conclusões possíveis
E desaparecer serenamente entre as coisas.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
A ESPERA DO FIM
Não importa o que eu faça
Um dia
Serei silêncio...
Por isso
Sigo a espera
Do fim do caminho,
Do desencontro definitivo
Da minha palavra
Com a vida.
Um dia
Serei silêncio...
Por isso
Sigo a espera
Do fim do caminho,
Do desencontro definitivo
Da minha palavra
Com a vida.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
BILHETE DE UM FALECIDO
A morte é sempre uma surpresa. Mesmo quando esperada ou previamente anunciada por qualquer diagnóstico. Nunca a levamos a sério como derradeiro evento de nossa condição humana. Mas, cedo ou tarde, ela sempre nos estingue os fatos revelando um mundo onde apenas os vivos realmente importam. ..
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
O FUTURO COMO ADVERSÁRIO
Enquanto pensava
Em tudo que já vivi
O futuro,repentinamente,
Espancou-me o rosto
Para lembrar
Que o amanhã não espera
E o passado
Pertence a algum outro
Que já fui eu.
O amanhã, entretanto,
Não é o futuro,
Que jamais será meu amigo,
Que sempre me espanca
E envelhece o rosto.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
PENSAMENTO NOTURNO
A maior parte de nós escreve o nome apenas nas
entrelinhas do passar do tempo, da vida, e da deteriorização do infinito cada
vez menor de possibilidades que se oferecem ao longo da existência....
LUTO
A saudade de quem
perdemos
Doendo constantemente
No silêncio dos dias
É como uma morte
De nossa própria vontade,
Uma perda de si mesmo
Na ausência do outro
E urgência do impossível
Que reconhecemos
Como inalienável falta.
As vezes a morte dos outros
Nos marca ao ponto
De definir-se como
Negativa identidade
terça-feira, 10 de setembro de 2013
OS VIVOS E A MORTE
A ideia de morte, o sentimento de morte, a vivência da morte expressam
a multiplicidade de experiências que temos com a morte.
Talvez a morte seja a grande companheira dos vivos, já que os mortos
não sabem a morte.
O morrer esta apenas na fala e experiência dos vivos.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
A MORTE QUE CONSTRUIMOS....
A morte é o fato
definitivo da vida.
Morrer é o encontro
com o nada que nos funda,
O limite de todas as
coisas possíveis.
Morrer é a única coisa
que realmente muda tudo e, entretanto, por mais valor que damos a vida, muitas
vezes somos arquitetos de nossa própria morte inconscientemente...
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