domingo, 1 de dezembro de 2013

OBITUÁRIO



Não havia muito
O que fazer ou esperar.
Restava-nos apenas aguardar
A trágica confirmação
Do fim do tempo de alguém,
Do vazio aberto naquela manhã
No coração de todos nós
Através do silêncio dele...
O dia tornou-se irreal
Na embriaguez do luto
E na reafirmação do ridículo
Da condição humana.

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