quinta-feira, 2 de outubro de 2014

MEMÓRIAS DE UM MORTO VIVO

Todos os meus eus se desentenderam em algum momento do meu futuro.

E meus passados, desencontrados,  desesperaram-se contemplando um  presente raso e sem soluções.

Nada me restou do tempo mais profundo dos meus  destinos.

Nada ficou das felicidades e dias de sol e azul de céu aberto.

Hoje sou apenas aquele que se esqueceu,

Que deitou sobre  abismos e ainda não morreu.

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