O que mais afirma o niilismo além
da perenidade de todos os valores e realizações humanas? Deve-se também
atribuir a tal horizonte filosófico o mais absoluto ceticismo em relação á própria
condição humana e todo domínio de representações estabelecidos no plano da
linguagem. Trata-se mesmo de um profundo nadismo. O niilismo não constrói qualquer
ordem discursiva sobre o real, pois é essencialmente negativo, puro não
pensamento. Sua versão pratica seria o hedonismo, aqui entendido como imersão do plano do sensualismo, da
banalidade cotidiana da economia dos sentidos, sem qualquer objetivo ultimo ou
fundamento racional.O niilismo poderia ser resumido, tal como entendo, a máxima
de que nada leva a nada.
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
INSIGNIFICÂNCIA
Não tenho mais lugar nesta
paisagem de tempo e mundo onde o acaso
me inventou em vida. Não me iludo mais com minha auto contemplação, com minha
ração de verdade e significações. Não há
nada mais medíocre do que levar a sério
o nada da própria existência. De um ponto de vista cosmológico, afinal, nem
mesmo existimos. Portanto, nunca esqueça de sua insignificância....
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
TENHO MEDO
Tenho medo dos dias,
Dos futuros, da vida
E da fatalidade que me condena
Ao esquecimento e a morte.
Tenho medo de ser eu mesmo,
Desta agonia e vontade
Que me define em existência.
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
RESUMINDO A EXISTÊNCIA
Para mim a vida sempre foi um
problema sem solução. Nunca esperei que tudo terminasse bem e, todos os dias,
venho me preparando para o pior. Não tem outro jeito. Com o tempo você envelhece e todas as suas possibilidades,
em qualquer plano da sua existência, vão diminuindo. Você vai sumindo aos
poucos, até voltar a ser o nada que era antes do seu nascimento. Pode não fazer
o menor sentido, mas este é um breve e
preciso resumo de nossa existência.
O NÃO SENTIDO DO TEMPO
Os anos passaram.
Já não sou o mesmo.
Nem mesmo sei mais meu passado
Entre tantas incertezas de
futuro.
Minha finitude resume meus
sentimentos.
Sei que tudo se perde através da
vida.
Foi me perdendo constantemente de
mim
Que cheguei a este instante
Onde nada mais faz sentido.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
CONDENADOS A VIDA
Estamos temporariamente
condenados a vida e ao mundo. Pelo menos enquanto a morte não nos desfaz todas
as parcas expectativas e sentidos das coisas. Até lá somos reféns de nós
mesmos, das circunstancias e questões privadas e coletivas que nos definem a
existência.
Você passa anos tentando sobreviver, construindo sonhos e
inventando significados para o seu simples
dia a dia. Mas nunca chega a
qualquer conclusão, nunca realiza o
suficiente. Simplesmente, viver é um beco sem saída. Mas não temos escolhas.
Não existe livre arbítrio.
A AGONIA DA EXISTÊNCIA
Quanto me custa a existência em
termos de consciência?
Meu corpo envelhece no saber das
coisas
Que definem o mundo como
discurso,
Que inventam a realidade,
Contra as palavras abertas
Que mordem verdades antigas.
Tudo é na micro física das sensações,
Nos simulacros e sentimentos
Que me inventam a vida
Como uma permanente incerteza vã.
MORTE E ANONIMATO
Desceu à sepultura
Desfazendo uma vida banal
E sem brilho.
Não teve filhos,
Nem deixou herança.
Poucos se despediram dele.
Sumiu da vida tão discretamente
Quanto veio ao mundo.
Era um solitário perdido na
multidão.
Pouco tinha a dizer.
Agora, definitivamente,
Inventou de vez e radicalmente,
Seu tão cotidiano silêncio.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
SEM OPÇÕES
Estamos temporariamente
condenados a vida e ao mundo. Pelo menos enquanto a morte não nos desfaz todas
as parcas expectativas e sentidos das coisas. Até lá somos reféns de nós
mesmos, das circunstancias e questões privadas e coletivas que nos definem a
existência.
Você passa anos tentando sobreviver, construindo sonhos e
inventando significados para o seu simples
dia a dia. Mas nunca chega a
qualquer conclusão, nunca realiza o
suficiente. Simplesmente, viver é um beco sem saída. Mas não temos escolhas.
Não existe livre arbítrio.
NUCA DESISTA
Todas as dificuldades cotidianas
não são suficientes para nos fazer desistir de tudo. Principalmente quando
temos consciência de que temos muito pouco do que desistir. Tudo é transitório
e perene como nossa própria sorte. O resultado de uma vida inteira é sempre o
nada e o silêncio. Por si só, esta simples constatação deveria ser o suficiente
para não nos levarmos demasiadamente a serio.
É inútil dar as costas a todo o enfadonho esforço que é a existência.
Tal oportunidade nos é imposta através da morte e o morrer.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
APENAS O FIM
Pode ser que tudo termine de
repente,
Sem alarde ou prenuncio.
Apenas o fim e o silêncio.
Nenhuma despedida,
Conclusão ou angustia.
Apenas o fim,
Despretensioso e banal,
Como a própria existência.
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
UM FIM DE DIA QUALQUER
Estava pronto para o fim do dia
como se fosse o fim da minha própria vida.
Tudo parecia consumado. Cristalizava-se a derrota de todos os tempos dos
meus eus. Nada mais parecia possível acrescentar...
Tudo foi como tinha que ser e,
agora, nada fazia qualquer diferença. O tempo inteiro se reduziu ao passado.
O NÃO SENTIDO DA EXISTÊNCIA
Todos os corpos estão condenados
a disciplina da sobrevivência e ao fatal desgaste com o tempo. Tudo se resume
nisso quando se coloca em questão a suposta positividade do Ser. Pois não há
nada que transcenda a replicação irracional da vida orgânica até o limite de si
mesma. Nenhum ideal nobre nos sustenta a existência. Pelo contrário, ela é tão
banal quanto sem propósito.
Sobrevivemos certos de que iremos perecer. Não há como a vida
fazer qualquer sentido.
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
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