sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O DESERTO E O TEMPO



Imensos são os desertos que nos consomem,
Trágicos são estes abstratos espaços de afeto
Onde nos inventamos em silêncios e desaparecemos.

Somos uma ponte entre o nada e o vazio
Através de desacontecimentos  que percorrem o tempo.

Nos fazemos teimosamente instantes e virtualidades em bolhas de memória e afeto.
Assim, insistimos contra nós mesmos afirmando o perene,
Nos desfazendo na paisagem aberta em múltiplas reedições do que poderíamos ser.  


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