quinta-feira, 21 de novembro de 2019

A NOITE UNIVERSAL

Sei a noite que arde,
Que inquieta,
Antecipando a morte.

Sei a escuridão primitiva,
O caos e o vazio
Que tudo preenche
E permite ouvir a natureza gritar.

Sei o pânico de existir,
O medo do futuro,
E o definitivo silêncio 
Que reduz tudo a um inacabamento existencial.

Sei a confusão primitiva
De uma grande noite universal
Que habita todos os tempos
Da finitude do humano.



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