segunda-feira, 11 de novembro de 2019

VELHICE


A que distância estou hoje
de quem fui
nos dias em que o tempo
sorria minha juventude
e tudo me parecia possível?

A intensidade do meu corpo
não carecia de alma
na plenitude de desejos e caprichos
que decoravam o infinito.

Agora,
meu próprio eu é memória
diante de um mundo
que não reconheço,
que não tem alma.
Tudo em mim se perde em passado.


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