Tudo possui um lado sombrio. O lado sombrio da morte é a vida. Uma vez vivos (seja lá o que isso realmente seja), padecemos no grande teatro da condição humana, ficamos a mercê de todas as mazelas da sobrevivência, de todas as necessidades e carências biológicas, individuais e coletivas, definhando no tempo, até o colapso do corpo como vitória definitiva da vida da espécie sobre à existência precária e medíocre de cada um de nós na demanda de nossa sobrevivência.
Nascer é estar condenado a vida e cada pensamento, emoção ou condição ´psicológica gerada por tal estado, no fundo, não tem a mínima importância diante da natureza ou do universo. Tudo que somos nós é esquecido no ciclo quase infinito da espécie, que sempre segue na iminência de qualquer catástrofe, enquanto promove em sua generosa insanidade, a destruição da Terra.
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