terça-feira, 24 de agosto de 2021

PARA UMA ÉTICA DA FINITUDE

É certo que um pouco de nós morre junto com aqueles que amamos e, ao longo dos anos, de muitas maneiras, participaram de nossa existência. 
Sobreviver aos outros transforma nossa vitalidade, nossa disposição para vida, ampliando a consciência de nossa finitude e do limite de tudo vivenciamos.
Todos os nossos atos estão condenados ao desaparecinento na impessoalidade da aventura humana.
 tudo aquilo que vivemos, sentimos e valoramos há de ser enterrado no silêncio de uma cova onde desaparecerão nossos restos.
Os vestigios de nossa existência não resistirão a duas gerações de nossa família, e nada disso tem qualquer importância.
Infelizmente não somos educados para morrer, não orientamos ou significamos nossas vidas em função de ima ética da finitude, que seria mais importante do que qualquer ingênua convição religiosa sobre a eternidade.

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