No deserto do dia seguinte
E nenhum futuro espera por nós
Na eternidade do efêmero.
Desde sempre existimos
Entre a presença e o silêncio
Frente ao iminente triunfo
Da morte sobre o tempo e a história.
Afinal, o passado é memória viva
Além de qualquer narrativa.
Ele é feito de corpos encadiados
Além do tempo e do espaço
Transfigurados em sonhos,
mitos e ausências.
A vida termina sempre
Todos os dias.
O progresso é a morte,
O eterno retorno é vida.
Nunca seremos modernos.
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