Nada no mundo me diz respeito.
Estou condenado a miséria da minha existência,
ao meu silêncio,
e inabalável indiferença
diante da experiência do Ser e dos outros.
Entre finitude e imanência
sou apenas um corpo que come,
que se consome,
e que, em algum amanhã,
Já apodrece em segredo.
Enquanto isso,
o mundo segue em desastre
e contemplo a impotência dos meus atos,
a inutilidade de tudo que hoje é possível,
diante da muda catástrofe que define o universo
e este triste fim de tarde.
.
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