não haverá nos lugares
que frequentei
nenhum vestígio da minha existência.
Minha casa será de outros.
A rua onde morei
nunca terá o meu nome.
Não deixarei filho algum
para perpétuar minha memória
ou do meu tão comum sobre nome.
Depois da minha morte
ninguém saberá de mim.
Não lembrarão meus fracassos,
minha má vontade com o mundo
ou meu permanente estado
de indignação e perplexidade
diante da época e do tipo de sociedade
na qual modestamente existi
a contra gosto.
Fora isso,
nunca tive pretensão alguma.
Nunca me iludi com a vida
e sei que nada há para se esperar da morte.
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