Seja ele gente, bicho, planta ou pedra.
O outro é sempre uma interrogação,
uma busca, um mistério
ou um território inexplorado
que nos assombra a imaginação.
Há no fundo do outro um abismo
Que diz nosso próprio rosto
Insuspeitamente desconhecido
na familiaridade do espelho.
O outro é o morto
que nos faz duvidar da existência.
Sua onipresença é a irracionalidade absoluta da incerteza ontológica que nos define.
Pois viver não é ser.
É uma falta que nos preenche,
uma busca que jamais será concluída.
Nenhum comentário:
Postar um comentário