os mesmos brindes,
consumismos, encontros,
desencontros,
efêmeras alegrias,
vazios e agonias
que o tempo
sempre nos traz de volta.
Mesmo que sejam outras saudades,
outros cansaços e desilusões.
É sempre o mesmo tempo,
é sempre o mesmo ano novo,
com tudo diferente.
Há sempre o eterno retorno de um passado que se renova
na medida em que nos mata
enterrando futuros.
Nada será como planejamos.
Para muitos não haverá mais futuro.
A velha mesa do almoço em família
Já está quase vazia,
mas é sempre o mesmo tempo que passa,
a mesma quase insuportável agonia
que nos faz desejar e beber o ano novo
até o final desbotado deste novo e velho dia.
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