decoram ou brilham nos obituarios.
A maioria delas é discreta,
e triste,
no silêncio dos cemitérios.
Não cabem nos noticiários,
nem dão dinheiro a carpideiras.
Algumas mortes são só um morrer,
natural e necessário.
Ignoram os vivos,
sua dor, seus gritos e ritos.
São mortes que decoram a memória
como um eterno e profundo anoitecer,
escrevendo na gente um imenso buraco
que alguns chamam sarcasticamente de eternidade.
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