A proximidade da morte liberta a
vida de conclusões e corrói as teleologias que lhes impomos. Diante do fim nos
livramos de todas as nossas certezas e somos abatidos pelo conformismo do mais sereno
desespero.
Confrontados com a morte, tocamos
os limites das convicções religiosas, pois o desdizer da própria existência e
sua fatalidade irreversível é uma experiência que pode ser domesticada pela
convicção ingênua em qualquer crença de existência pós morte. Morrer muda
absolutamente tudo. Inclusive quem fomos, visto que todas as possibilidades de
mudança e realização de si são
canceladas.
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