quinta-feira, 22 de setembro de 2016

DIANTE DA MORTE

A proximidade da morte liberta a vida de conclusões e corrói as teleologias que lhes impomos. Diante do fim nos livramos de todas as nossas certezas e  somos abatidos pelo conformismo do mais sereno desespero.


Confrontados com a morte, tocamos os limites das convicções religiosas, pois o desdizer da própria existência e sua fatalidade irreversível é uma experiência que pode ser domesticada pela convicção ingênua em qualquer crença de existência pós morte. Morrer muda absolutamente tudo. Inclusive quem fomos, visto que todas as possibilidades de mudança e realização de si  são canceladas.

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