Em relação a mítica da juventude,
a velhice é um não lugar da existência. Associada a decadência física, a doença
e a morte, o velho é o inativo, aquele
que perpetuando um passado para sempre perdido, é sujeito do esquecimento. A
velhice é vista como uma fatalidade carregada de desvalor em um mundo que exalta a produtividade e a
alegria.
De um ponto de vista pessoal e
subjetivo, entretanto, a velhice é uma condição privilegiada para o exercício
de si mesmo. Pois é quando o individuo escapa a normatização da existência e ao padrão de bio eficiência ao qual estamos
socialmente condicionados.
O velho é aquele que, justamente
por seus limites, pode se reinventar , estabelecer seus próprios modos de existência
em função de um voltar-se inteiramente para si mesmo, sabendo a finitude como
um devir. Precisamos aprender a pensar a
velhice como um modo de existência onde desenhamos estratégias de liberdade e
subjetividade.
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