Sou apenas o rascunho de um projeto de gente fadado ao insucesso.
Nunca serei o herói dos meus projetos de vida. Me recolho a condição de esboço sempre refeito daquele que deveria ser a base de muito esforço.
Mas para que lutar e perseverar para ser qualquer coisa, quando sou muitas possibilidades de ser em disputa? Se não serei amanhã quem sou hoje, nem movido pelas mesmas vontades e ilusões do agora do ser.
No final a morte vai rasgar meus retratos de vida ideal, borrar o grande rabisco da minha biografia e impedir qualquer conclusão. Por isso deixo-me ser sem ambições ou alma enterrado no imediatismo da minha mera existência.
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