Por outro lado, se fosse eu famoso, que importariam as homenagens póstumas? De nada valem os feitos, a boa reputação ou o prestígio, quando se está morto, quando nada mais se pode fazer sobre qualquer coisa.
Estar morto é como quase não ter existido. Pouco me importa se serei lembrado depois de enterrado. Lembranças não fazem o mundo. Apenas os vivos importam em sua insignificância. Pois eles existem, mesmo que em condição provisória. Mesmo que , no fundo, sua existência não signifique particularmente nada diante da impessoalidade da vida.
Levasse eu as últimas consequências meu raciocínio, fundamentaria aqui a cruel hipótese do quanto os vivos e os mortos são igualmente nulos perante a indiferença da natureza.
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