terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A VIDA COMO ABORRECIMENTO

 

Estar vivo ou morto já não me faz qualquer diferença.

Pois se, enquanto vivo, sou criação e ato, morto sou pura liberdade.

De ambos os modos questiono toda forma possível de ser e viver.

A existência me aborrece. Definitivamente ela me aborrece demasiadamente!

Todas as metas, propósitos, possíveis significados, ou

prazeres que traduzem a vida comum, são para mim apenas fastio,

uma unitilidade absoluta contra a qual o universo existe.

Não busco qualquer coisa, apenas sigo naufrago no tempo

até o fim dos meus dias.

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