sempre de novo,
o espanto,
o assombro e a perplexidade,
diante do natural final
de uma vida inteira.
A morte nos rouba
tudo que importa.
Mas o que importa
é nada,
qualquer ilusão passageira,
de agir e transformar um mundo
que nos ignora.
Somos meros apêndices da natureza,
um imperfeito silêncio
da matéria orgânica.
Resta em nós,
sempre de novo,
o limite da sobrevivência,
que nos comunica
uns com os outros
na realização incerta
do absurdo humano.
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