sábado, 3 de fevereiro de 2024

SOBRE MINHA MORTE

Mesmo que eu seja uma mera miragem no devir do animal humano sobre a Terra, minha morte será singular, mesmo que insignificante e banal, como qualquer outra.
Meu desaparecimento não será apenas esquecimento e ausência. Há de ser subtração, diminuição da potência do mundo. Qualquer espécie de ferida no cotidiano urbano, na comunhão  dos corpos em rotina. Mesmo que ninguém saiba ou se importe com o acontecimento do meu fim de vida, algo nunca mais será para sempre.
É sempre um mundo que desaparece com alguém que morre. A morte é sempre diferente.

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