terça-feira, 9 de abril de 2024

QUASE DESPEDIDA

Minha vida, 
fechada em seu próprio nada, 
Ignora o céu, 
o tempo, a noite e o mundo.

 Amanhã quero ir embora, Desaparecer no azul profundo,
 Sem dizer adeus 
ou virar memória.

Quero abraçar o esquecimento 
e apagar de vez
a irrelevância do meu nascimento
calando, assim, o silêncio de toda minha história.

Minha vida é equivalente 
a qualquer outra vida
que por aí resiste.

Nela persiste o ninguém 
que dentro de todos nós 
chora mudo
 a falta de alguém
que se foi do mundo.




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