sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A DESESPERANÇA COMO POTÊNCIA

Cultivo minha irrelevância 
como um tesouro,
pois nada é mais próprio 
do humano
do que o vazio
que lhe cabe no corpo.

Ciente da minha própria finitude
cultivo a arte de ser indiferente.
Pois nada é o que parece 
Tudo é movimento, impermanência, 
incompletude e silêncio.

Tudo que importa acaba.
Nada é para sempre.
Por isso sigo livre,
pois estou despido 
de toda esperança.





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