O que há de mais insólito no passado são as
lembranças. Quando lembramos é como se rememorássemos alguma coisa que nunca aconteceu, mais foi
apenas sonhada. Afinal, que distancia existe entre o nosso existir de vinte ou dez
anos atrás! Lugares mudaram, pessoas morreram e eu mesmo já não sou o mesmo.
O tempo nos ensina a irrealidade dos momentos,
sua fragilidade...
Por isso é que digo: quem me dera esquecer tão
profundamente o vivido a ponto de me livrar desta triste ilusão que é o “Eu”
que recorda.
Habitamos
o agora, mas onde começa o agora? Onde termina?
Tudo já acontece no passado e quase não existe.
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