segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A FRAGILIDADE DO TEMPO VIVIDO

O que há de mais insólito no passado são as lembranças. Quando lembramos é como se rememorássemos  alguma coisa que nunca aconteceu, mais foi apenas sonhada. Afinal, que distancia existe entre o nosso existir de vinte ou dez anos atrás! Lugares mudaram, pessoas morreram e eu mesmo já não sou o mesmo.

O tempo nos ensina a irrealidade dos momentos, sua fragilidade...

Por isso é que digo: quem me dera esquecer tão profundamente o vivido a ponto de me livrar desta triste ilusão que é o “Eu” que recorda.

Habitamos  o agora, mas onde começa o agora? Onde termina?
Tudo já acontece no passado e quase não existe.

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