terça-feira, 9 de outubro de 2018

INSIGNIFICÂNCIA


É conhecida a declaração de Bukowiski de que era um escritor apenas quando escrevia e que na maior parte do tempo não era ninguém. Tal observação vale para intelectuais de um modo geral. É ingênuo identificar-se demasiadamente com sua persona a ponto de não conseguir diferenciar-se dela, ou agarrar-se demasiadamente a ela por vaidade ou afirmação de algum tipo de poder pessoal ou distinção.

Na maior parte do tempo somos pessoas banais e anônimas como qualquer outra. A matéria viva de nosso existir concreto e cotidiano esta fadada a insignificância. Como poderia ser diferente? A singularidade humana é perecível e redutível a a pluralidade e diversidade que lhe define. Toda distinção pessoal é ilusória. O que melhor podemos fazer por nós mesmos é lidar sempre de forma criativa com nossa insignificância. Tudo que somos não passa de uma miragem no cenário da existência humana.


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