É conhecida a declaração de
Bukowiski de que era um escritor apenas quando escrevia e que na maior parte do
tempo não era ninguém. Tal observação vale para intelectuais de um modo geral. É
ingênuo identificar-se demasiadamente com sua persona a ponto de não conseguir
diferenciar-se dela, ou agarrar-se demasiadamente a ela por vaidade ou
afirmação de algum tipo de poder pessoal ou distinção.
Na maior parte do tempo somos
pessoas banais e anônimas como qualquer outra. A matéria viva de nosso existir
concreto e cotidiano esta fadada a insignificância. Como poderia ser diferente?
A singularidade humana é perecível e redutível a a pluralidade e diversidade
que lhe define. Toda distinção pessoal é ilusória. O que melhor podemos fazer
por nós mesmos é lidar sempre de forma criativa com nossa insignificância. Tudo
que somos não passa de uma miragem no cenário da existência humana.
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