Viver sem saber de si é aquilo
que diariamente nos acontece.
Somos apenas em nossas roupas,
palavras,
Pequenos e mansos gestos
cotidianos.
A vida quase não nos acontece,
Mas sempre nos escapa.
Temos pouca consistência.
Não passamos de um detalhe na
paisagem humana.
Saber de si, por outro lado, é um
fato abstrato,
Um desencontro entre o eu e o
mundo,
Uma experiência de vertigem.
Saber de si é esquecer-se,
Viver como espectro,
Ser ofuscado pelo sentido que nos
move,
É quase um aprender a não saber
de si,
Um ser para a morte.
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