terça-feira, 23 de abril de 2019

O CÂMBIO DO VIVO E DO MORTO

Não é apenas a ausência que define os mortos, mas a impossibilidade de qualquer ato de criação, de participar ou interferir no curso do imediato agora.

A ação é exclusiva dos vivos, assim como a própria experiência. Qualquer situação de impotência ou inércia contém um germe de morte. A memoria de um morto pode conter mais vida do que a existência de um anônimo.

Vida e morte são conceitos equivalentes e cambiantes. Nunca remetem ao particular, mas só indeterminado e impessoal.

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