quinta-feira, 5 de novembro de 2020

DO NADA AO NADA

 

Nada me leva a nada.

Minha sorte é a morte

certa e inesperada.


Nenhuma conquista,

realização ou afeição

me comunica a vida.


Sigo quase mudo no enfado dos dias

no absoluto desvalor do mundo.


Não deixarei legado para ser lembrado.

Nada vivi de importante

para ser lembrado além da morte.


Meus restos apenas serão esquecidos

em um canto de cemitério.

Mas isso vale para todo mundo.

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