Depois do fim,
resta apenas uma ausência,
um transparente silêncio,
que já não cabe no tempo
e transcende a lembrança e
a saudade
que legamos aos nossos sobreviventes.
Depois do fim,
tudo é passado,
resolvido e apagado,
sem qualquer conclusão
ou dilema de consciência.
Tudo se interrompe,
tudo é o vazio da liberdade
do eterno inacabamento
do que deixou de ser,
do que não mais pode ser,
quando já não importa o que foi.
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