o que importa é esquecer
todos os truques da civilização.
Nos cabe, então,
desaprender a pensar,
querer , escrever,
acreditar, sentir,
e sonhar.
É preciso jogar fora certezas,
lembranças, identidades e convicções.
Depois se perder no mato,
despir-se de toda ambição,
vaidade e pretenção.
Alcançada a fragilidade
das mais pesadas idades,
tudo que importa
é edificar-se para a morte,
abandonar-se a própria sorte,
desertar-se, despedaçar-se
contra o tempo que fica e que passa.
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