Vivemos hoje uma época definida
pela iminência da transfiguração de todos os valores humanos, onde a própria
condição humana encontra-se em jogo e toda a tradição cultural revela-se duvidosa frente a uma nova realidade definida
por uma mudança cognitiva sem paralelos inspirada pelas novas tecnologias
digitais.
Podemos hoje questionar em meio
as diversas morais que hoje se definem o
que pode ser uma premissa para a construção de sociabilidades em meio a
vertiginosa diversidade que atualmente desafia os lugares comuns da vida
cultural e social.
Creio que uma estetização da vida
cotidiana nunca foi tão urgente. Penso que o desagradável é o parâmetro que permite a dialética entre as
nossas diversas morais. Mas se a ideia de desagradável esta associada a noção
de prazer e satisfação é preciso afirmar que, paradoxalmente, aquilo que nos
parece bom não nos conduz necessariamente a realização de nosso desejo.
Qualquer escolha em algum momento
nos fará sofrer. Tudo na vida antecipa a morte.
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