segunda-feira, 27 de julho de 2015

SOMOS APENAS POEIRA DE ESTRELAS MORTAS

E  tudo se fez provisório e insensato
Naquele desmedido viver
De todas as coisas.
Os atos se desencontravam dos fatos
E todas as certezas já haviam pulado
No abismo da indiferença.
Era eu apenas,
Entre a terra e o céu
Correndo o mundo
Dentro de um vento.
Já não tinha esperanças
Nem guardava sonhos.
Apenas sofria a realidade
Sem qualquer ilusão de verdade.
Sim. O que eu experimentava
Era a liberdade.
Evitava querer,
Desconstruía o pensar.
Era apenas eu e o momento
Livre de toda a ansiedade,
Mergulhando no silencio,
Na fantasia da absoluta desunião

Dos meus átomos e moléculas.

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