Posso escutar as pedras,
seus gritos absurdos e antigos,
sua raiva inerte
contra o tempo e a existência.
Posso ser a revolta dura da natureza.
Posso gritar contra a vida.
Não tenho limites
e estou acima das
oposições,
do bem e do mal,
das falácias do universal.
Sou o dissonante do
grito
que rasga como
navalha
a carne da realidade.
Sou a finitude da pedra,
o absurdo personificado
sob os encantos da morte
como senhora do tempo.
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