terça-feira, 13 de outubro de 2015

A MORTE COMO ELA É

Segundo certa tradição, a palavra cadáver originou-se da expressão latina “carne data vermibus” (carne dada aos vermes). Mas não se trata de uma genealogia muito confiável talvez se trate apenas de uma invenção tardia . A rigor cadáver significa apenas corpo morto, obsoleto. Assim se define pela ausência de algo que é a vida. Isto não significa que o corpo morto  é um “corpo sem alma”, sem força vital ou qualquer nome que o valha para melhor definir ao leitor a metafisica de uma essência individual não material. é muito mais natural pensa-lo como uma maquina quebrada.

A morte é o ponto final da vida. Apenas isto. É quando o cérebro para irreversivelmente de funcionar e o individuo, consequentemente, deixa de existir. Tudo que resta é um corpo inútil. Tal imagem parece inadmissível para os adeptos de crenças metafísicas que rejeitam, por simples desespero, a insignificância da vida do individuo frente  a vida da espécie. Mas nem todas as superstições do mundo são suficientes para consola-los quando perdem um ente querido ou quando se veem diante de risco de morte. Gostem ou não da ideia, a morte não pode ser domesticada por suas crenças ou ritos funcionários. Diante dela, nada mais faz diferença ...


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