Segundo certa tradição, a palavra
cadáver originou-se da expressão latina “carne data vermibus” (carne dada aos
vermes). Mas não se trata de uma genealogia muito confiável talvez se trate
apenas de uma invenção tardia . A rigor cadáver significa apenas corpo morto,
obsoleto. Assim se define pela ausência de algo que é a vida. Isto não
significa que o corpo morto é um “corpo
sem alma”, sem força vital ou qualquer nome que o valha para melhor definir ao
leitor a metafisica de uma essência individual não material. é muito mais
natural pensa-lo como uma maquina quebrada.
A morte é o ponto final da vida.
Apenas isto. É quando o cérebro para irreversivelmente de funcionar e o
individuo, consequentemente, deixa de existir. Tudo que resta é um corpo inútil.
Tal imagem parece inadmissível para os adeptos de crenças metafísicas que rejeitam,
por simples desespero, a insignificância da vida do individuo frente a vida da espécie. Mas nem todas as superstições
do mundo são suficientes para consola-los quando perdem um ente querido ou
quando se veem diante de risco de morte. Gostem ou não da ideia, a morte não
pode ser domesticada por suas crenças ou ritos funcionários. Diante dela, nada
mais faz diferença ...
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