O desmedido de nossa fragilidade
humana é uma constatação que decora o envelhecimento. É preciso perder pessoas,
seu próprio mundo e sentir-se inteiramente um corpo cheio de limites e dores
para entender o quanto a vida é uma aventura ingrata e a existência imperfeita
e errática.
Não cultivo ilusões sobre o
futuro. Ele não passa de uma abstrata representação do devir e do desabrigo ao
qual estamos condenados. Apenas a morte define o futuro. Logo, ele me inquieta
mais do que entusiasma. O futuro não é um caminho, é um abismo onde aprendemos
a queda.
O fim esclarece a vida através da
qual sujamos o existir da espécie.
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