Antes mesmo do fim eu sabia o vazio de tudo aquilo. Falávamos
banalidades sobre o sofrer humano, sobre saúde, doença, envelhecimento e
felicidade, sem nos darmos conta da essencial necessidade de bem viver cada
momento. Isso é o mesmo que tentar
superar a constante tendência ao tédio, a ansiedade incomoda e o desanimo com a
rotina. Caso não fosse a morte, trataríamos a existência como ela é: um
acontecer enfadonho de coisas sem o mínimo cabimento.
Mas a morte existe... E só nos damos conta de como isso nos afeta
quando confrontados com sua realidade através da enfermidade ou o óbito de um
ente querido. No mais tentamos nos consolar com ingênuas convicções metafísicas.
Mas a morte continua ali no horizonte
desafiando todas as nossas convicções ou opiniões sobre elas.