Por quanto tempo depois da minha morte poderão ser ouvidos os ecos da
minha existência? Até quando alguém saberá de mim como lembrança e vaga
memória?
Talvez por muito pouco tempo, me diz a intuição e o acaso dada a
absoluta insignificância de uma vida humana. Poderia ser eu um Shakespeare,
ainda não seria mesmo assim nada além de
uma vaga marca de quem fui um dia. Não
se pode vencer a morte. Não sem sacrificar em hipótese a própria humanidade.
E
a eternidade é triste, um pesadelo que
não nos vale o desejo.
Tudo que tenho a dizer sobre isso é simples. Sou neste tempo e neste
espaço o que me permiti o aqui e agora. Em cada molécula carrego toda a história da humanidade e,
entretanto, não posso ter a pretensão de
ser qualquer coisa que transcenda o nada.
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