segunda-feira, 29 de agosto de 2016

OS ECOS DE UMA EXISTÊNCIA

Por quanto tempo depois da minha morte poderão ser ouvidos os ecos da minha existência? Até quando alguém saberá de mim como lembrança e vaga memória?

Talvez por muito pouco tempo, me diz a intuição e o acaso dada a absoluta insignificância de uma vida humana. Poderia ser eu um Shakespeare, ainda não seria mesmo assim nada além  de uma vaga marca de quem fui um dia.  Não se pode vencer a morte. Não sem sacrificar em hipótese a própria humanidade.
E a  eternidade é triste, um pesadelo que não nos vale o desejo.

Tudo que tenho a dizer sobre isso é simples. Sou neste tempo e neste espaço o que me permiti o aqui e agora. Em cada molécula  carrego toda a história da humanidade e, entretanto, não  posso ter a pretensão de ser qualquer coisa que transcenda o nada.


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